segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sem Sentido Talvez



Corações feridos em plena escuridão do alvorecer
Histórias incompletas do conto de um caçador
Perdido no momento decisivo
Caído no bar de uma cidade qualquer
Bêbado deixando lembranças a vazar
Anjo explosivo num raio de sol a cair na beira de um lago
Loucuras... Sons... Desejos momentâneos...
Cai no poço do fim do mundo
Na bela paisagem de uma palavra sem sentindo
Final de tarde verde e o céu vindo a escurecer
Palavras algumas complicadas mais com sentido

“Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.”
                                                                                                                                                  — Tati Bernardi
 O primeiro poema fui eu quem criei, minha vida pode não ter coisas boas e sim muitas magoas mais espero que isso mude pois até mesmo eu que tento ser forte agüento tudo calada trancando no possível o choro, normalmente a dor é tão dilacerante que antes me cortava pernas, braços agora essa vontade ainda permeia em mim mas resisto com tudo a ela.

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